• Busca por autorrealização;
  • Sustento próprio;
  • Oportunidade de conciliar as atividades do lar com remuneração;
  • Más experiências em postos de trabalhos liderados por homens.

 

São os principais fatores que fazem as mulheres buscar o protagonismo de suas vidas no empreendedorismo. Como um resgate da autoestima que ficou perdida em algum lugar do passado, quando durante séculos as mulheres foram impedidas de exercer funções de trabalho que fugissem das tarefas familiares.

 

A pesquisa realizada pelo GEM em 2019, nos traz que no Brasil o nível médio de escolaridade das mulheres que empreendem é de pelo menos um ano a mais, se comparado ao gênero masculino. Demonstrando que elas tendem a ir para o “campo de batalha” mais bem preparadas e indica a necessidade de possuir mais confiança para administrar.

 

 

 A tendência é para escolha de negócios com baixo risco, em modelos pequenos, com poucos ou nenhum funcionário, de preferência sem a necessidade de obter aporte financeiro em instituições e com o cuidado para haver o mínimo possível de complexidade no dia a dia. Mas uma característica forte desse tipo de empreendimento é que a longevidade está associada principalmente ao modelo social com que lideram:

 

 

  • Informações compartilhadas, 
  • Atividades descentralizadas, 
  • Respeito pelas diferenças. 

 

Para as mulheres a capacidade de se adaptar é vista como uma solução e as oportunidades para isso acontecer vêm dos aprendizados vindos de fora: clientes, fornecedores, parceiros e até concorrentes. Propondo inclusive uma gestão circular onde o envolvimento de familiares, amigos e redes informais, em geral é visto como positivo para a tomada de decisões, comportamento que alarga ideias e conhecimentos, desempenhando problemáticas do cotidiano com criatividade, pois estão abertas para a troca e o aprendizado contínuo. 

 

Participar de redes colaborativas para mulheres empreendedoras é uma forma de estender horizontes para os mais diversos níveis do empreendedorismo, desde as que estão iniciando, até as mais experientes. Pois é a partir do foco em aprender e estabelecer interações que o movimento da inovação e do crescimento se desenvolvem, principalmente em cenários onde a competitividade é grande e os recursos são limitados.

 

 

O empreendedorismo por si só, muitas vezes, é uma jornada solitária, as mulheres de longa data lutam por ocupar espaços no mercado de trabalho, buscar apoio e união é um passo, talvez um salto para viver experiências diferentes e encontrar mudanças. Procure se informar sobre grupos que atuam na sua cidade ou região e caso não tenha, por que não juntar a mulherada que empreende no seu bairro?

 

Um case bem legal que temos aqui em Porto Alegre, RS é o Empreendedoras Restinga, cansadas de perder clientes para bairros vizinhos, porque o bairro da Restinga em PoA tinha fama de ser perigoso, as gurias arregaçaram as mangas, vestiram o rosa e foram à luta entender mais e melhor sobre como empreender. Hoje a causa ganhou força, admiração e empodera muitas mulheres do bairro. Dá uma espiada por aqui: http://empreendedorasrestingasa.com.br/

 

 

*Fonte de pesquisa: Dissertação de Mestrado curso de Mestrado Acadêmico em Administração, Universidade Feevale. O papel das Capacidades Dinâmicas para a Cocriação de Valor no contexto do Empreendedorismo Feminino. Autora: Flavia Rodrigues Machado Okuyama