Se engana quem acha que o consumo feminino se resume a sapatos, bolsas, roupas e cosméticos, as mulheres do mundo moderno têm muito mais do que dinheiro e disposição para gastar, aquelas que assumem um papel no mercado de trabalho são também administradoras do orçamento familiar, mesmo que ainda, em alguns casos, a maior parte da renda advenha do marido.
Muitos vendedores e estrategistas de marketing ainda não se deram conta, mas em diversos casos é a mulher que toma as decisões nas questões ligadas ao lar, principalmente quando se tem filhos, proponho o seguinte exercício levanta a mão quem deu a palavra final na hora de tomar as seguintes decisões:
Quem escolheu a escola onde os filhos estudam?
Material escolar dos filhos?
Onde a família vai passar as férias?
Móveis e eletrodomésticos dentro de casa?
Vestuário das crianças e muitas vezes do marido também?
E as compras que vem do supermercado?
Até um tempo atrás as mídias tradicionais segmentavam suas ações visando o público por faixa etária, e para os adultos ação era uma só, pois se acreditava que homens e mulheres eram iguais e a maior parte da publicidade direcionava suas campanhas para o público masculino. Com a inserção das mulheres no mercado de trabalho e agora com o fenômeno de comunicação chamado Redes Sociais é preciso um filtro mais apurado e a linguagem para cada tipo de consumidor é diferente, porque cada público percebe e reage de forma diferente aos estímulos, no caso nós do sexo feminino temos a tendência de associar aspectos psicológicos e emocionais, ausentes na maioria dos homens.
Com a capacidade crítica mais apurada, em segundos antes de uma decisão, é possível que a gente antecipe vários cenários relativo ao bem que está sendo adquirido. Assim como lemos mais rótulos, repara nos detalhes, comparamos o custo x benefício e antes de abrir a bolsa analisamos se vai ser bom para todos em casa.
Segundo pesquisa realizada pelo SPC Brasil 58% das mulheres não sentem retratadas em propagandas, por essas não refletirem suas atitudes e quem elas são de verdade. E os pontos identificados como incômodos são diferenças físicas, figura feminina exposta como objeto sexual e mulheres muito felizes em famílias perfeitas, o que não corresponde a vida real.
- 49,2% dizem que se enxergam como mulheres guerreiras
- 46,6% querem ver belezas reais, possíveis de ser atingidas
- 33% visam mulheres dinâmicas
- 32,7% se identificam com mulheres independentes
Ainda segundo a pesquisa, o aplicativo WhatsApp ganha em média 4,2 horas do nosso dia, 3h são para o Facebook, 2,9 h para televisão e 2h para rádio.
Fonte: https://www.spcbrasil.org.br
E aqui vemos um dado muito significativo para o Marketing de Relacionamento, afinal nos aplicativos de conversa e nas redes sociais nós interagimos e nós somos os produtores dos conteúdos, com a televisão e o rádio não, pois apenas recebemos as informações e por isso que hoje o famoso boca-a-boca se tornou tão importante, afinal até pouco tempo atrás nossas recomendações ou advertências sobre algum produto ou serviço eram feitas entre parentes e amigos com quem tínhamos a chance de comentar e isso já surtia efeito, hoje compartilhamos ideias, notícias e sentimentos com pessoas do mundo inteiro, que talvez nunca veremos pessoalmente. E nisso tudo surge um momento bem importante no marketing chamado a Era do Cliente, com tamanha diversidade para troca de conversas é cada vez mais importante que marcas se aproximem de seus clientes, saibam o que pensam a respeito do que consomem, do que pensam sobre o mundo, não apenas para estabelecer relações de compra e venda, mas para estabelecer relações verdadeiras e que agregam. O consumo está cada vez mais ligado ao que faz diferença na vida das pessoas e não apenas a obtenção de algo descartável.
Propagandas que são jogadas de maneira aleatória se perdem no mar de informações e estímulos que recebemos diariamente, e ao falar especificamente sobre o WhatsApp, é uma poderosa ferramenta de atração de clientes quando feito o uso correto e nós, do sexo feminino somos mais sensíveis a esse tipo de marketing.
Por isso antes de iniciar seu material de divulgação virtual ou físico, organize o posicionamento da sua empresa, pense em campanhas segmentadas para cada público, dentro de cada produto, porque cada um se motiva de uma maneira. Somente o público que estiver conectado aos seus valores irá consumir o que você comercializa, não somos mais apenas uma classificação por faixa etária ou gênero, o mapeamento do público-alvo precisa ser feito com empatia e uma boa percepção sobre ele em todos os pontos de contato, virtual para atrair e presencial para realizar o negócio.
E não se engane mais, nós mulheres agora somos economicamente ativas e poderosas influenciadoras, o cartão de crédito pode sair de dentro da bolsa ou ainda considere a possibilidade de que será uma mulher que vai decidir para quem a carteira será aberta.
Sou Flavia Machado Okuyama e escolhi trabalhar com Marketing de Relacionamento porque acredito que as relações humanas são a peça fundamental para melhores negócios.
Gestora da Class Marketing, uma empresa que ajuda marcas a fazerem a diferença na vida das pessoas.
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